15 de maio de 2012


Túnel do Tempo
A época era marcada por avanços científicos, tecnológicos e muitas mudanças comportamentais.
A imprensa ganha espaço levando informações a todos os cantos do Brasil atingindo uma efervescência cultural na música, cinema e teatro. Também haviam iniciado as transmissões televisivas o que gerava modificações nas telecomunicações, já estavam em órbita o satélite Sputinik e a cadela Laika.
Muitos conflitos internacionais como a Guerra fria, Revolução Cubana e a Guerra do Vietnã aconteciam.
O Brasil governado por Juscelino Kubitschek de Oliveira, presidente que proporcionava desenvolvimento econômico, estabilidade política, inovação e construía em torno de si simpatia e confiança do povo.

O Manifesto Neoconcreto
Publicado em 1959 no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil.
Atende a abertura da 1ª Exposição de Arte Neoconcreta.
No Museu Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Demonstra a distância entre os concretistas de São Paulo.
Iniciando o domingo com a leitura do Manifesto observo que o Neoconcreto é um movimento nascido no Rio de Janeiro em reação ao concretismo tradicional, liderado por Ferreira Gullar e o jornalista Reynaldo Jardim e Theon Spanudis.
Os artistas da exposição trabalham no campo da pintura, escultura, gravura e literatura revendo as posições teóricas que adotaram até então sobre arte concreta, pois para eles nenhuma compreende com satisfação as possibilidades expressivas.
O neoconcreto nasce de uma necessidade de exprimir a complexa realidade do homem moderno, como um quase-corpus, onde a realidade não se esgota nas relações exteriores de seus elementos, um ser que decomponível em partes pela análise, só se dá pela plenamente à abordagem direta, fenomenológica.
A obra de arte transcende ao fundar nela uma significação nova em que as noções de tempo, espaço, forma, estrutura, cor, etc não são suficientes para compreendê-la e dar conta de sua realidade.
De posse do manifesto e da  máquina fotográfica Visito a exposição.
Ao iniciar a semana, carrego comigo vários exemplares do suplemento dominical com o Manifesto Neoconcreto e com fotografias das obras da exposição para onde vou, independente de com quem vou.

1ª AULA
Após lermos e observamos atentamente as fotografias dialogamos sobre:
As posições teóricas adotadas pela arte concreta foram revistas no neoconcretismo e de que forma?
Que novo espaço foi construído pelo neoconcreto?
O que os artistas nos dizem com a afirmação: “ Não concebemos a obra de arte nem como “máquina” nem como “objeto”, mas como um quasi-corpus, isto é, um ser cuja realidade não se esgota nas relações exteriores de seus elementos; um ser que, decomponível em partes pela análise, só se dá plenamente à abordagem direta, fenomenológica.
 “Como entendemos:” Entenda-se por espacialização da obra o fato de que ela está sempre se fazendo presente, está sempre recomeçando o impulso que a gerou e de que ela era já a origem. E se essa descrição nos remete igualmente à experiência primeira - plena - do real, é que a arte neoconcreta não pretende nada menos que reacender essa experiência. A arte neoconcreta funda um novo “espaço” expressivo.”
A página na poesia neoconcreta é a espacialização do tempo verbal: é pausa, silêncio, tempo. É possível visualizarmos mentalmente esta frase?
O que significa a independência da criação artística em expressão do conhecimento prático?
            

2ª AULA
Solicitei aos alunos que tragam para a próxima aula materiais que tratem do assunto  e de assuntos relacionados, nas mais diversas fontes de comunicação.
Levei estas imagens para a sala, para que construíssemos uma linha de tempo, a fim de melhor entender o neoconcreto.
O dadaísmo surgiu no ano de 1916, por iniciativa de um grupo de artistas que, descrentes de uma sociedade que consideravam responsável pelos estragos da Primeira Guerra Mundial, decidiram romper deliberadamente com todos os valores e princípios estabelecidos por ela anteriormente, inclusive os artísticos. A própria palavra dadá não tem outro significado senão a própria falta de significado, sendo um exemplo da essência desse movimento iconoclasta.
 Metamorfose - Salvador Dalí
O surrealismo surgiu na França na década de 1920. Este movimento foi significativamente influenciado pelas teses psicanalíticas de Sigmund Freud, que mostram a importância do inconsciente na criatividade do ser humano.
 De acordo com Freud, o homem deve libertar sua mente da lógica imposta pelos padrões comportamentais e morais estabelecidos pela sociedade e dar vazão aos sonhos e as informações do inconsciente. O pai da psicanálise, não segue os valores sociais da burguesia como, por exemplo, o status, a família e a pátria.
O marco de início do surrealismo foi a publicação do Manifesto Surrealista, feito pelo poeta e psiquiatra francês André Breton, em 1924. Neste manifesto, foram declarados os principais princípios do movimento surrealista: ausência da lógica, adoção de uma realidade "maravilhosa" (superior), exaltação da liberdade de criação, entre outros.
Os artistas ligados ao surrealismo, além de rejeitarem os valores ditados pela burguesia, vão criar obras repletas de humor, sonhos, utopias e qualquer informação contrária a lógica
 Composição com vermelho, amarelo e azul,
 ano de 1921, de Piet Mondrian
Seu nome verdadeiro era Pieter Cornelius Mondrian. Líder dos construtivistas holandeses, desenvolveu, desde 1907 até inícios dos anos de 1920, um novo conceito artístico radical, que propunha a abstração e a redução dos elementos da realidade a uma linguagem formal estritamente geométrica, limitada à representação de linhas horizontais e verticais e à utilização das cores básicas vermelho, azul e amarelo combinadas com preto, cinzento e branco. As raízes artísticas de Mondrian fundam-se no expressionismo e no simbolismo, cuja influência recebera. Fundou o grupo De Stijl com Theo van Doesburg. A exata concepção de arte defendida pelo grupo, denominada neoplasticismo, era para Mondrian a expressão de um modo de vida: a pintura devia mostrar o caminho para um mundo organizado pela harmonia.
Além das referências acima, apresentei os artistas do Grupo Ruptura e do Grupo Frente:
                                  
 Waldemar Cordeiro. Movimento, 1951.
 Geraldo de Barros. Função Diagonal, 1952
 Luis Sacilotto. Vibrações Verticais, 1952
 Anatol Wladyslaw. Abstrato, 1950
 Lothar Charoux. Abstrato Geométrico, 1952
  Kazmer Féjer. Escultura em cristal, 1956
 Ivan Serpa. Construção Nº 75, 1955
  Aluísio Carvão, Composição , 1953
  Lygia Pape, Pintura em Preto e Vermelho, 1954-1956
 Abraham Palatnik, Sequência com Intervalos , 1954
  Franz Weissmann, Três Cubos Virtuais, 1957
 Hélio Oiticica. Metaesquema, 1958
 Lygia Clark, Plano em superfícies moduladas nº 2, 1956
Diante de obras, pensar sobre:
Conceitos:
Dadaísmo
Surrealismo
Abstração
Arte Concreta
Arte Neoconcreta
O que difere o Grupo Frente do Grupo Ruptura?
Será que a exposição provocará mudanças na Arte brasileira?

3ª AULA
Com os matérias da aula anterior construir uma linha de tempo com as obras e os conceitos discutidos na aula anterior.
A construção será coletiva com os materiais dos alunos e da professora, onde serão fixados as obras e os conceitos encaixados juntamente na parte inferior da linha de tempo e na parte superior serão colocados acontecimentos históricos brasileiros e mundiais que sejam relevantes para o estudo.
Após a realização da tarefa será organizada a visita a exposição. De posse dos conceitos e da apropriação das obras falaremos sobre o que há para ser visto; o que esperam;
E novamente a pergunta:
 Será que a exposição muda o cenário da Arte no Brasil?

4ª AULA
Ao visitarmos a exposição
Chamo a atenção dos alunos ao que oferece:
A arte como informação social.
A arte como produção.
Princípios geométricos e a teoria da forma, a priori.
A arte materialista e tecnicista, onde a obra se mostra construção, máquina ou objeto.
A subjetividade e arte experimental
A arte como criação.
A sensibilidade da geometria como forma de expressão.
Existencialista, o sujeito participa da obra.
Refletimos em torno dos seguintes questionamentos:
O que fez surgir o neoconcreto?
Que sensações as obras provocam?
As obras expostas atendem ao Manifesto?
O que os artistas querem dizer com obras “quase-corpus”?
O que o grupo de artistas quer mostrar na exposição?

5ª AULA
Após sorver os conhecimentos e indagações da exposição, retornamos ao ambiente escolar para debatermos nossas conclusões e nossas novas indagações;
O que realmente difere uma obra neo concreta é a obra em si ou o posicionamento do artista?
Onde entra a participação do expectador? A que ponto ele pode interferir na obra? Ele é parte dela no momento em que a toca?
A arte neoconcreta deixa de lado o emocional e passa a reagir pelo pensamento?
O neoconcreto permite a experimentação de forma livre?
Que linguagem é universal? Se temos tantos contextos históricos ocorrendo no mundo?
O que fez um artista concreto tornar-se neoconcreto?

6ª AULA
Produção artística fundamentada nas obras da exposição, com materiais diversos a critério do aluno.
A produção deverá contemplar:
Título
Representar o movimento neoconcreto
Conter um Manifesto sobre a produção

Fontes consultadas:
http://pt.shvoong.com/humanities/history/1651216-d%C3%A9cada-50-populismo-metas-desevolvimentistas/ 
http://www.suapesquisa.com/musicacultura/anos_50.htm


13 de maio de 2012

PROJETO DE ESTÁGIO ENSINO MÉDIO


PROJETO DE ESTÁGIO
Acadêmica: Claudia Tedesco da Rocha
Escola Estadual de Ensino Médio Vila Prado
Endereço: Rua João Rodrigues, nº 1016, Bairro Piratini, Sapucaia do Sul.
Telefone: (51) 34746165
Série:
Turma: 203
Carga Horária Semanal: 50 minutos
Duração: 8 aulas
1.   TITULO DO PROJETO:
 “Cidadania, território e pluralidade na arte”

2.    APRESENTAÇÃO:
O projeto pretende oportunizar aos alunos do segundo ano do ensino médio o contato com obras dos artistas Candido Portinari, Tarsila do Amaral, Yanagi Yukinori e Vik Muniz, buscando evidenciar o desenvolvimento da arte a partir dos artistas citados. Proporcionar aos alunos a percepção dos artistas em relação ao nosso país e favorecendo uma reflexão sobre a arte brasileira nos dias atuais, de uma forma que promova o olhar primeiro para a sua comunidade para depois então olhar o amplo.
A turma é composta por 22 meninas e 10 meninos entre 15 e 19 anos, um pouco dispersa que realiza as atividades de forma lenta e com conversas paralelas. A turma é calma é parece não ser desafiada, cumprindo uma rotina sem questionar. A escola é formada por alunos de diversos bairros da cidade, está localizada num bairro de classe média baixa, com uma boa infraestrutura, tendo mercado, farmácia, posto de gasolina, livraria e um centro esportivo do SENAI, ficando próxima do centro da cidade.
No período de observações foi possível perceber que os alunos não tem contato com artistas e imagens, apenas cumprem com as solicitações da professora sem que haja uma troca de saberes. A partir das atividades observadas com os alunos a proposta do projeto é levá-los ao contato com as obras e biografias dos artistas promovendo a formação de conceitos, a clareza de que a arte está sempre em desenvolvimento e que esta também reflete a nossa sociedade. Sendo assim, a construção do conhecimento dar-se-á através do diálogo, do contato com imagens e experimentação de atividades práticas, articuladas através de recursos audiovisuais e materiais diversos. O projeto busca a participação, envolvimento e reflexão acerca das questões problematizadas em sala de aula.

3.    OBJETIVOS:
·         Conhecer as obras e os artistas: Cândido Portinari, Tarsila do Amaral, Yanagy Yukinori e Vik Muniz;
·         Perceber a repercussão da obra de Cândido Portinari e Tarsila do Amaral na arte brasileira;
·         Compartilhar em sala de aula os conceitos de: cidadania, território e pluralidade presentes nas obras dos artista selecionados;
·         Realizar experimentações com materiais recicláveis, lápis de cor, carvão, revistas, jornais, imagens da internet, fotografias e etc.
·         Reconhecer nas obras a presença de movimentos migratórios, industrialização e exploração da sociedade;
·         Observar e refletir sobre o nosso território provocando um olhar para si mesmo e para o entorno;
·         Reconhecer a pluralidade de situações e condições humanas que podem ser mostradas pela arte;
·         Questionar e problematizar os contrastes da sociedade por sua grande desigualdade social e cultural.

4.    JUSTIFICATIVA / RELEVÂNCIA
O projeto tem a intenção de colocar os alunos frente aos artistas para criar possibilidades do conhecimento em arte através do conhecer, contextualizar e experimentar. Conhecer as obras, entender o contexto em que foram realizadas e fazer relações com os dias atuais através de exercícios em sala de aula.
Ao compreender a arte como uma linguagem que se manifesta de maneiras diferentes ao longo da história, o projeto visa apresentar aos alunos um pouco desse universo da arte fazendo relações e conexões, causando estranhamentos e alargando experiências entre os artistas e suas obras.
Proporcionar o contato com os artistas, oportunizar momentos de reflexão  e criar um outro olhar para a arte, para as aulas de artes e suas possíveis relações com a realidade dos alunos, da escola e do conjunto em que estão inseridos. Como também ambiciona a experimentação de materiais diversos para aguçar a criação e a criatividade.
5.    Estratégias de Ação:
·         Construir conhecimentos sobre arte a partir de discussões e olhares sobre as obras dos artistas: Cândido Portinari, Tarsila do Amaral, Yanagy Yukinori e Vik Muniz;
·         Refletir sobre as obras desses artistas e buscar uma relação com a realidade da comunidade escolar;
·         Realizar painéis com diversos materiais recicláveis;
·         Pensar os conceitos de cidadania, território, e pluralidade cultural a partir do conhecimento das obras de arte elegidas;
·         Fazer uso de vídeos, slides e imagens que proporcionem aos alunos oportunidades de informação e conhecimento.


5.1  DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
1ª aula
Apresentar um Power Point sobre a vida e as obras de Cândido Portinari baseado no livro: Encontro com Portinari das autoras Rosane Acedo e Cecília Aranha.
Cândido Portinari retrata a migração do povo brasileiro e realça as desigualdades sociais do país, que existem até os dias atuais, isso provoca questionamentos sobre a condição humana e acende o diálogo com a atualidade.
Portinari abre oportunidades para o estudo da realidade brasileira possibilitando a construção de conhecimentos baseados nos conceitos de território, e pluralidade cultural, ampliando  o entendimento e o respeito às diferenças sociais, econômicas e culturais do país.

Pensar em cidadania e pluralidade cultural através das obras e as questões que elas trazem, tais como: realidades sociais, culturais do povo brasileiro.  
Após, realizar os seguintes questionamentos:
 Quem são os retirantes em nossa sociedade?
Quem migra para esta comunidade escolar? Por quê?
Quais tradições que existem na comunidade escolar?
2ª aula
Fazer um painel, representando a comunidade escolar e suas tradições baseado nas informações orais e visuais da aula anterior.
Dividir a turma em grupos e cada grupo irá montar um painel com revistas, papéis coloridos, carvão vegetal e outros que os alunos trouxerem tais como: imagens de revistas, jornais e internet.
3ª aula
Mostrar obras e biografia de Tarsila do Amaral através de um Power Point.
Os movimentos migratórios, a industrialização, trabalhadores explorados, estão ligados às mudanças refletidas em diversos campos da sociedade, mas que persistem até os dias atuais.
Todos estes movimentos se refletem na arte e a construção dos diálogos destes assuntos contribui para que as perspectivas de vida sejam transformadas.
Questionar
O que é ser brasileiro?
O que é exploração do trabalhador?
Qual a função do diálogo em família e na sociedade?
O que pode melhorar as perspectivas de vida?
O que a obra mostra como construção?
Com as palavras chaves: construção, migração, industrialização, exploração, mudanças e sociedade formar frases que retratem o cotidiano da realidade da sociedade atual.
4ª aula
Construir um painel em que represente os componentes da comunidade escolar baseando-se na obra Operários da artista Tarsila do Amaral.
O trabalho será realizado em grupos com imagens impressas da internet, fotos de revista e fotografias dos alunos.
Além do painel a ser realizado pelos alunos solicitarei que se organizem na forma que representa a obra da artista para uma fotografia a ser captada por mim.
5ª aula
Falar sobre a obra e o artista Yanagi Yukinori bem como sua participação na exposição na 8ª Bienal do Mercosul em 2011. O artista apresentou um trabalho no qual questionava sobre os territórios, organizou a obra com canos, formigas e bandeiras de países com areias coloridas em caixas acrílicas. O artista possibilita que as formigas cruzem as bandeiras formando tuneis que vão misturando as cores através do ir e vir tencionando formar uma grande bandeira que seja universal, fazendo a reflexão sobre o que a integridade cultural do país.
Após as observações, vou pedir que cada um reflita sobre o território em que vive, que olhe para si mesmo e se reconheça neste espaço; como também aponte pistas que digam da sua realidade e suas relações com o mundo. O que utiliza para se comunicar, como faz e como a diversidade se apresenta a cada um. [pode ser que aqui entrem questões da mídia, da internet, celulares, facebook...]
Peço também que os alunos pensem sobre suas realidades e de como transitam pelos territórios diversos. Depois, cada um vai fazer um desenho em que aparecerá seu território para depois organizarmos um painel e fazermos uma exposição. Para essa atividade vamos utilizar folha de ofício A3, lápis de cor, canetinhas, recicláveis, papéis coloridos e outros materiais que os alunos tragam para a sala.

            6ª aula
Olhar o Documentário “Lixo extraordinário”, de Vik Muniz, será combinado com o professor do 5º período para que ceda o espaço para concluir a exibição do vídeo.

            7ª aula
            Iniciar a aula com os questionamentos:
            O artista produziu arte? Por quê?
Em que influenciou as questões econômicas dos recicladores?
Que funções a arte pode exercer?
Quais contrastes são possíveis observar no documentário?
Após cada aluno irá escolher uma das obras trabalhadas em todo o projeto, e em  uma folha A3. produzirão seu trabalho com referencias em todo o conteúdo trabalhado ao longo do projeto. Poderão utilizar o material que mais lhe agradar, tais como: recicláveis, tintas, lápis coloridos, jornais, revistas, papéis coloridos e etc.

8ª aula
Será organizada antes do período da aula a montagem no auditório da escola a exposição dos trabalhos bem como sua trajetória ao longo do projeto, para apreciação dos alunos.
·         Painéis da Comunidade Escolar;
·         Frases que retratem o cotidiano da realidade da sociedade atual;
·         Painéis que representam os componentes da Comunidade Escolar;
·         Realizar uma fotografia com a turma que retrate a obra;
·         Painel com o desenho sobre o seu território, que ficarão interligados por canudos;
·          Trabalho final realizado na folha A3.
Após apreciação realizar uma avaliação coletiva dos trabalhos e sobre o que ficou ao longo do período, salientando os aspectos positivos e negativos, a contribuição no grupo e a avaliação individual.

6.    CRONOGRAMA:
1ª aula – 11 de maio
2ª aula – 18 de maio
3ª aula – 25 de maio
4ª aula – 01 de junho
5ª aula – 08 de junho
6ª aula – 15 de junho
7ª aula – 22 de junho
8ª aula – 29 de junho

7.    REFERÊNCIAS:
PCN Ensino Médio.
Orientações Curriculares para o Ensino Médio.
SANT’ANNA, Renata., Saber e Ensinar Arte Contemporânea – São Paulo;Panda Books, 2009.
ACEDO, Rosane, ARANHA, Cecília, Encontro com Portinari  - Belo Horizonte; Formato Editora, 2001.

8.    AVALIAÇÃO:

A avaliação ocorrerá durante todo o projeto, levando em conta a participação dos alunos durante todo o desenvolvimento do projeto, sua interação e socialização das ideias durante discussões e reflexões acerca dos conhecimentos, bem como o comprometimento com os materiais solicitados.
Ressaltando a contextualização do cotidiano, da comunidade com os conteúdos trabalhados em aula e com as produções realizadas em sala de aula; observando se ocorreu ao longo do projeto a apropriação dos conceitos de cidadania, território, construção e pluralidade cultural.

9.    ANEXOS:
Candido Portinari
Biografia
Candido Portinari (Brodósqui SP 1903 - Rio de Janeiro RJ 1962). Pintor, gravador, ilustrador e professor. Inicia-se na pintura em meados da década de 1910, auxiliando na decoração da Igreja Matriz de Brodósqui. Em 1918, muda-se para o Rio de Janeiro e, no ano seguinte, ingressa no 
Liceu de Artes e Ofícios e na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), na qual cursa desenho figurativo com Lucílio de Albuquerque (1885-1962) e pintura com Rodolfo Amoedo (1857-1941), Baptista da Costa (1865-1926) e Rodolfo Chambelland (1879-1967). Em 1929, viaja para a Europa com o prêmio de viagem ao exterior, e percorre vários países durante dois anos. Em 1935, recebe prêmio do Carnegie Institute de Pittsburgh pela pintura Café, tornando-se o primeiro modernista brasileiro premiado no exterior. No mesmo ano, é convidado a lecionar pintura mural e de cavalete no Instituto de Arte da Universidade do Distrito Federal, quando tem como alunos Burle Marx (1909-1994)e Edith Behring (1916-1996), entre outros. Em 1936, realiza seu primeiro mural, que integra o Monumento Rodoviário da Estrada Rio-São Paulo. Em seguida, convidado pelo ministro Gustavo Capanema (1902-1998) pinta vários painéis para o novo prédio do Ministério da Educação e Cultura (MEC) (1936-1938), com temas dos ciclos econômicos do Brasil, propostos pelo ministro. Em 1940, após exposição itinerante pelos Estados Unidos, a Universidade de Chicago publica o primeiro livro a seu respeito, Portinari: His Life and Art, com introdução de Rockwell Kent. Em 1941, pinta os painéis para a Biblioteca do Congresso em Washington D.C. com temas da história do Brasil, Descobrimento, Desbravamento da mata, Catequese e Descoberta do Ouro. Filiado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), candidata-se a deputado, em 1945, e a senador, em 1947, mas não se elege. Em 1946, recebe a Legião de Honra do governo francês. Em 1956, com a inauguração dos painéis Guerra e Paz na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, recebe o prêmio Guggenheim. Ilustra vários livros, como Memórias Póstumas de Brás Cubas e O Alienista, de Machado de Assis (1839-1908), entre outros. Em 1958, inicia um livro de poemas - editado por José Olympio em 1964 -, com textos introdutórios de Antônio Callado (1917-1997) e Manuel Bandeira (1886-1968). Em 1979, seu filho João Candido Portinari implanta o Projeto Portinari que reúne um vasto acervo documental sobre a obra, a vida e a época do artista, no campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ).
Tarsila do Amaral
Biografia
Tarsila do Amaral (Capivari SP 1886 - São Paulo SP 1973). Pintora, desenhista. Estuda escultura com William Zadig (1884-1952) e com Mantovani, em 1916, na capital paulista. No ano seguinte tem aulas de pintura e desenho com Pedro Alexandrino (1856-1942), onde conhece Anita Malfatti (1889-1964). Ambas têm aulas com o pintor Georg Elpons (1865-1939). Em 1920 viaja para Paris e estuda na Académie Julian e com Émile Renard (1850-1930). Ao retornar ao Brasil forma em 1922, em São Paulo, o Grupo dos Cinco, com Anita Malfatti, Mário de Andrade (1893-1945), Menotti del Picchia (1892-1988) e Oswald de Andrade (1890-1954). Em 1923, novamente em Paris, freqüenta o ateliê de André Lhote (1885-1962), Albert Gleizes (1881-1953) e Fernand Léger (1881-1955). Entra em contato como o poeta Blaise Cendrars (1887-1961), que a apresenta a Constantin Brancusi (1876-1957), Vollard, Jean Cocteau (1889-1963), Erik Satie, entre outros. No ano seguinte, já no Brasil, com Oswald de Andrade, Olívia Guedes Penteado (1872-1934), Mário de Andrade e outros, acompanha o poeta Blaise Cendrars em viagem às cidades históricas de Minas Gerais. Realiza uma série de trabalhos baseados em esboços feitos durante a viagem. Nesse período, inicia a chamada fase pau-brasil, em que mergulha na temática nacional. Em 1925 ilustra o livro de poemas Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, publicado em Paris. Em 1928, pinta Abaporu, tela que inspira o movimento antropofágico, desencadeado por Oswald de Andrade e Raul Bopp (1898-1984). Em 1933, após viagem à União Soviética, inicia uma fase voltada para temas sociais com as obras Operários e 2ª Classe. Em 1936 colabora como cronista de arte no Diário de São Paulo. A convite da Comissão do IV Centenário de São Paulo faz, em 1954, o painel Procissão do Santíssimo e, em 1956, entrega O Batizado de Macunaíma, sobre a obra de Mário de Andrade, para a Livraria Martins Editora. A retrospectiva Tarsila: 50 Anos de Pintura, organizada pela crítica de arte Aracy Amaral e apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ) e no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP), em 1969, ajuda a consolidar a importância da artista.
Yanagi Yukinori
O tema da imigração gera posições controversas: há quem afirme que o imigrante erode a cultura do país anfitrião até desnaturalizá-la; outros consideram que a imigração é o necessário aporte cultural para uma sociedade diversa. Em tempos de globalização e de conflitos regionais ainda por resolver, a migração forçada ou voluntária continua sendo um fenômeno central que questiona as definições tradicionais de nação, fronteira e identidade. Yanagi Yukinori considera que os limites geográficos são cada vez mais uma ficção – como as bandeiras – devido aos constantes movimentos transnacionais. Seus trabalhos mais conhecidos consistem em realizar bandeiras de países com areias coloridas em caixas de acrílico, organizadas em retículas segundo relações geopolíticas (antigas colônias com o país colonizador, os países das Américas, os do litoral do Pacífico etc.). As bandeiras adjacentes se conectam por meio de pequenos tubos de plástico. Yanagi libera colônias de formigas, que vão cruzando as bandeiras com seus túneis no seu incansável ir e vir, misturando grão a grão as cores, hipoteticamente “até conseguir uma grande bandeira universal”. As granjas de formigas de Yanagi alegorizam os movimentos migratórios entre países através do trabalho das formigas, erodindo a suposta integridade cultural dos Estados-Nação, expressa num de seus símbolos mais recorrentes.
Mercosul (2011) mostra as bandeiras dos países do bloco geopolítico do chamado Cone Sul, complementadas pelas das Guianas, territórios situados na América do Sul, porém distanciados culturalmente do resto do continente por sua condição colonizada ou remota. As formigas vão construindo seus túneis, estabelecendo pontes entre as nações alegorizadas nas bandeiras, minando a integridade visual delas e propondo uma utópica integração regional. Ironicamente, a cultura, através da Bienal do Mercosul, tem sido mais efetiva em conseguir o livre intercâmbio de capital simbólico entre os países da região do que o tratado de livre comércio, que até agora não logrou derrubar as barreiras estabelecidas pelos interesses comerciais de cada nação.

Vik Muniz
Biografia
Vicente José de Oliveira Muniz (São Paulo SP 1961). Fotógrafo, desenhista, pintor e gravador. Cursa publicidade na Fundação Armando Álvares Penteado - Faap, em São Paulo. Em 1983, passa a viver e trabalhar em Nova York. Realiza, desde 1988, séries de trabalhos nas quais investiga, principalmente, temas relativos à memória, à percepção e à representação de imagens do mundo das artes e dos meios de comunicação. Faz uso de técnicas diversas e emprega nas obras, com freqüência, materiais inusitados como açúcar, chocolate líquido, doce de leite, catchup, gel para cabelo, lixo e poeira. Em 1988, realiza a série de desenhos The Best of Life, na qual reproduz, de memória, uma parte das famosas fotografias veiculadas pela revista americana Life. Convidado a expor os desenhos, o artista fotografa-os e dá às fotografias um tratamento de impressão em periódico, simulando um caráter de realidade às imagens originárias de sua memória. Com essa operação inaugura sua abordagem das questões envolvidas na circulação e retenção de imagens. Nas séries seguintes, que recebem, em geral, o nome do material utilizado - Imagens de ArameImagens de TerraImagens de ChocolateCrianças de Açúcar etc. -, passa a empregar os elementos para recriar figuras referentes tanto ao universo da história da arte como do cotidiano. Seu processo de trabalho consiste em compor as imagens com os materiais, normalmente instáveis e perecíveis, sobre uma superfície e fotografá-las. Nessas séries, as fotografias, em edições limitadas, são o produto final do trabalho. Sua obra também se estende para outras experiências artísticas como a earthwork e as questões envolvidas no registro dessas criaçõ

10.  IMAGENS:
Candido Portinari
·         Baile na Roça , 1924 
·         Mestiço , 1934 
·         O Lavrador de Café , 1934
·         A Colona , 1935
·         Futebol , 1935
·         Café , 1935 
·         Retirantes , 1936
·         Cabeça de Mulata , 1938
·         Borracha , ca. 1938 
·         Pau-Brasil , ca. 1938 
·         Cacau , ca. 1938 
·         Fumo , ca. 1938
·         Algodão , ca. 1938
·         Garimpo , ca. 1938
·         Gado , ca. 1938 
·         Cana , ca. 1938 
·         Ferro , ca. 1938 
·         Café , ca. 1938 
·         Casamento Caipira , ca. 1940 
·         Paisagem de Brodósqui , 1940 
·         Espantalhos , 1940
·         A Justiça de Salomão (painel da Rádio Tupi, SP) , ca. 1943 
·         Criança Morta , 1944
·         Retirantes , 1944 
·         Mulher do Pilão , exata 1945
·         Menino do Tabuleiro , 1947 
·         Espantalho , 1947
·         Coluna Prestes , 1950 
·         Auto-retrato , 1956 
·         Bumba-meu-boi (painel da Revista O Cruzeiro) , 1956 
·         Espantalho , 1957 
·         Retirantes , 1958
·         Bumba-meu-boi , 1959

Tarsila do Amaral
·         Auto-Retrato [Manteau Rouge] , 1923 
·         A Caipirinha , 1923
·         A Negra , 1923
·         Carnaval em Madureira , 1924
·         Morro da Favela , 1924
·         São Paulo , 1924
·         Auto-Retrato I , 1924 
·         Estrada de Ferro Central do Brasil , 1924
·         A Cuca , 1924 
·         O Mamoeiro , 1925
·         Vendedor de Frutas , 1925
·         Paisagem com Touro , ca. 1925 
·         A Feira II , 1925
·         A Família , 1925
·         Manacá , 1927 
·         Abaporu , 1928 
·         O Ovo [Urutu] , 1928
·         A Lua , 1928 
·         Floresta , 1929 
·         Cartão Postal , 1929
·         Sol Poente , 1929 
·         Antropofagia , 1929 
·         2ª Classe , 1933 
·         Operários , 1933 
·         Primavera , 1946 
·         O Batizado de Macunaíma , 1956 
Yanagi Yukinori
·         Eurasia 2001. 2000/2001. Formigas, areia colorida, caixas, tubos e canos de plástico. 25 x 36,5 x 91 cm (cada peça).