10 de outubro de 2011

PROJETO DE ESTÁGIO

PROJETO DE ESTÁGIO
Acadêmica: Claudia Tedesco da Rocha
Escola Estadual de Ensino Fundamental Olaria Daudt
Endereço: Avenida Isdralit – 1570 / Bairro Colonial
Sapucaia do Sul – RS
Telefone: (51) 34536313
Série: 6ª
Turma: 61
1. TITULO DO PROJETO:
A contemporaneidade no meu território
2. APRESENTAÇÃO:
Se pretendemos uma educação não apenas intelectual, mas principalmente humanizadora, a necessidade da Arte é ainda mais crucial para desenvolver a percepção e a imaginação, para captar a realidade circundante e desenvolver a capacidade criadora necessária à modificação desta realidade (2007, p. 5).
Ana Mae Barbosa
Este projeto de estágio pretende oportunizar aos alunos a reflexão sobre a arte contemporânea e suas práticas, através da contextualização da 8ª Bienal do Mercosul – Ensaios de Geopoética com o bairro em que a escola está inserida promovendo conexões e produções artísticas por meio da percepção de que eles são agentes influentes no espaço escolar, familiar e social. A mostra acontece em Porto Alegre no período de 10 de setembro a 15 de novembro deste ano. A comunidade é formada por famílias de classe econômica baixa, carente de infra-estrutura, contudo a turma mostra que gosta de desafios e novidades.
3. OBJETIVOS:
· Conhecer e incorporar conceitos e obras contemporâneas;
· Experimentar diferentes materiais para a produção artística;
· Partilhar experiências escolares, sociais e familiares:
· Aprimorar o senso estético;
· Explorar o olhar;
· Trabalhar coletivamente;
· Contextualizar arte e realidade;
· Realizar uma visita à Bienal para conhecer as propostas de territórios e os aspectos geográficos, políticos e culturais.
· Entender a arte como forma de expressão.
4. JUSTIFICATIVA / RELEVÂNCIA
Precisamos levar a arte que hoje está circunscrita a um mundo socialmente limitado a se expandir, tornando-se patrimônio da maioria e elevando o nível de qualidade de vida da população (1991, p.6).
Ana Mae Barbosa
O projeto tem por finalidade envolver os alunos com a arte contemporânea através do olhar, analise e reflexão. Promover o acesso a Bienal do Mercosul e aos artistas participantes por meio de exercícios realizados nas aulas e na visitação aos espaços expositivos, visando à fruição e a compreensão da arte realizada nos dias atuais.
5. Estratégias de Ação:
Nossa concepção de historia da arte não é linear, mas pretende contextualizar a obra de arte no tempo e explorar suas circunstancias. Em lugar de estarmos preocupados em mostrar a chamada “evolução” das formas artísticas através do tempo, pretendemos mostrar que a arte não está isolada de nosso cotidiano, de nossa historia pessoal. (...)
Apesar de ser um produto da fantasia e imaginação, a arte não está separada da economia, política e dos padrões sociais que operam na sociedade. Idéias, emoções, linguagens diferem de tempos em tempos e de lugar para lugar e não existe visão desinfluenciada e isolada. Construímos a historia a partir de cada obra de arte examinada pelas crianças, estabelecendo conexões e relações entre outras obras de arte e outras manifestações culturais (2007, p.29).
Ana Mae Barbosa
O objetivo é construir conhecimento sobre a contemporaneidade e o território de vivência dos alunos, através da proposta:
Apreciar artistas em exposição na 8ª Bienal do Mercosul – Ensaios de Geopoética por meio da visitação, power points e fotografias.
Contextualizar as obras apreciadas com o meio em que vivem.
Construir através de desenho, observação, pesquisa, narrativa, e instalação/ intervenção e exposição do território criado pelos alunos.
5.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
1ª AULA
O que é Bienal?
As Bienais são eventos primordialmente expositivos, que ativam a cena artística de uma cidade durante períodos relativamente curtos, e esta Bienal propõe estender sua ação no espaço e no tempo. E recomenda entender o tema escolhido não apenas como um marco conceitual para ler a produção artística contemporânea, mas, sim, como uma estratégia de ação curatorial, sugerindo a Bienal como uma instância de criação e consolidação de infra-estrutura local.
Por que Bi? Para que haja o entendimento relacionar com futebol bicampeão, tricampeão.
O que é o Mercosul?
Segundo: http://www.mercosur.int/msweb/portal%20intermediario/es/faqs.html#2
· MERCOSUL significa Mercado Comum do Sul, que é a União Aduaneira (livre comércio intrazona e política comercial comum) entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, instituída pela assinatura do Tratado de Assunção, em 26 de março de 1991.
Quais são os países Associados que compõem o Mercosul?
· República Argentina, 1991
· República Federativa do Brasil, 1991
· República do Paraguai, 1991
· República Oriental do Uruguai, 1991
· República da Bolívia, 1997;
· República do Chile - Desde 1996;
· República da Colômbia - Desde 2004;
· República do Equador - Desde 2004;
· República do Peru - Desde 2003; e
· República Bolivariana da Venezuela - Desde 2004.
Apresentar o mapa da América Latina, as bandeiras dos países, os times de futebol e as camisetas dos clubes em power point para que os alunos façam relações com os territórios e seus símbolos mais pertinentes. Essa atividade será realizada através de um jogo de associações das imagens das bandeiras, mapas e camisetas.
Questionar o que é território?
Conforme minhas pesquisas na internet, relaciono abaixo sites com as definições de território:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Territ%C3%B3rio http://www.coladaweb.com/direito/territorio
· A palavra território refere-se a uma área delimitada sob a posse de um animal, de uma pessoa (ou grupo de pessoas), de uma organização ou de uma instituição.
· É um dos elementos constitutivos do Estado, composto pela porção física do planeta sobre o qual ele exerce a soberania.
· É área certa e delimitada da superfície da terra, que contém a nação, dentro de cujas fronteiras o Estado exerce a sua soberania.
· É a base geográfica do Estado, sobre a qual o exerce sua soberania, e que abrange o solo, os rios, lagos, mares interiores, águas adjacentes, golfos, baías e portos.
O que é bandeira?
No site abaixo a significação de bandeira:
http://www.universitario.com.br/noticias/noticias_noticia.php?id_noticia=5556
A bandeira é definida classicamente como sendo o símbolo representativo de um estado soberano, ou país, município, intendência, província, organização, sociedade, clã, coroa, reino, ou seja, todo ente constituído seja uma nação e seu povo, até mesmo uma família tradicional, desde que reconhecidos pelos entes interagidos por Lei ou tradição.
Apresentar o artista e a obra:
Yanagi Yukinori
Fukuoka, Japão, 1959. Vive em Tóquio, Japão, e Nova York, Estados Unidos.

O tema da imigração gera posições controversas: há quem afirme que o imigrante erode a cultura do país anfitrião até desnaturalizá-la; outros consideram que a imigração é o necessário aporte cultural para uma sociedade diversa. Em tempos de globalização e de conflitos regionais ainda por resolver, a migração forçada ou voluntária continua sendo um fenômeno central que questiona as definições tradicionais de nação, fronteira e identidade. Yanagi Yukinori considera que os limites geográficos são cada vez mais uma ficção – como as bandeiras – devido aos constantes movimentos transnacionais. Seus trabalhos mais conhecidos consistem em realizar bandeiras de países com areias coloridas em caixas de acrílico, organizadas em retículas segundo relações geopolíticas (antigas colônias com o país colonizador, os países das Américas, os do litoral do Pacífico etc.). As bandeiras adjacentes se conectam por meio de pequenos tubos de plástico. Yanagi libera colônias de formigas, que vão cruzando as bandeiras com seus túneis no seu incansável ir e vir, misturando grão a grão as cores, hipoteticamente “até conseguir uma grande bandeira universal”. As granjas de formigas de Yanagi alegorizam os movimentos migratórios entre países através do trabalho das formigas, erodindo a suposta integridade cultural dos Estados-Nação, expressa num de seus símbolos mais recorrentes.
A escola encontra-se no bairro Colonial, mas atende alunos do bairro Carioca em maior número. Pretendo questionar os alunos sobre:
· O movimento das formigas existe na comunidade? Por quê?
· Quais os alunos que são oriundos do bairro Colonial e Carioca que a escola atende?
· Quais os alunos oriundos de outros bairros da cidade? E os de outras cidades?
· E os pais de onde são?
Registrar os dados e montar um gráfico com as respectivas porcentagens calculadas pelos alunos.
2ª AULA
1º período
Apresentar a obra e a artista:
Paola Parcerisa
Assunção, Paraguai, 1968. Vive em Santiago, Chile.

Quando nos aproximamos da obra de Paola Parcerisa, podemos perceber certos gestos recorrentes em seu processo criativo. Identidade, hibridação e migrações são temas que frequentemente estão sendo questionados por ela; muito provavelmente, devido à própria experiência deslocada de nascer num país e viver em outro. Seu trabalho artístico tomou referentes nacionais e latino-americanos como pontos de partida, elaborando várias intervenções em que a artista procura a forma de tornar evidentes as falências burocráticas e o abandono em que vivem os cidadãos menos favorecidos pelas políticas governamentais desse momento, ironizando, em algumas ocasiões, discursos que foram emudecidos por um agir inoperante. Suas intervenções procuram aprofundar tal questão a partir do cotidiano, como uma forma de mexer nos espaços sociais, a partir do lugar em que se estabeleceu cada indivíduo. Uma forma de aprofundar suas reflexões tem sido utilizar emblemas pátrios, como a bandeira nacional. Neles, Parcerisa depositou suas inquietações a respeito de como funcionam hoje esses símbolos que ostentam um caráter identitário comum, atualmente apagados pela saudade e pelos fracassos da própria vinculação com cada um dos nossos países.
Bandera vacía [Bandeira vazia] (2006) é uma obra em que a bandeira, como símbolo de identidade nacional e emblema representativo de uma ideologia compartilhada, é alterada, tirando o tecido de cor interior e mantendo somente suas costuras e emblema central. Essa operação de esvaziamento expõe a ausência ou a crise das ideologias e a sensação de desenraizamento por essa falta de identidade e compromisso.
Instigar:
· O que identifica o bairro?
· O que caracteriza o abandono dos bairros que a escola está inserida?
· Que melhorias a prefeitura deveria fazer?
· Que melhorias os moradores poderiam fazer?
· Que estruturas faltam?
2º período
Dividir a turma em cinco grupos para realizar registros fotográficos e escritos.
Sair pela comunidade e registrar a criatividade dos moradores para a solução dos problemas da comunidade tais como: abandono, pobreza, espaço, ausência de lazer e outros citados pelos alunos.
Durante o trajeto recolher sinais tais como: folhas, gravetos, papéis, tampas e outras coisas para que nos ajudarão na construção do mapa do território que está sendo explorado.
Pesquisar para a próxima aula hábitos da comunidade: alimentação, vestuário, situação econômica, tipos de moradia, inundações e outros assuntos que podem inferir na montagem do território.
3ª AULA
Apresentar a obra e a artista:

Flavia Gandolfo

Lima, Peru, 1967. Vive em Lima.


Historiadora e fotógrafa de formação, Flavia Gandolfo combinou esses dois interesses ao longo da sua carreira. Isso levou a artista a desenvolver séries fotográficas que investigam “a peruanidade” e tentam vislumbrar as maneiras em que opera a construção de identidade como parte da educação pública. Durante a última década, Gandolfo dedicou-se a fotografar cadernos dos estudantes de escolas estatais, centrando-se nos desenhos que as crianças normalmente realizam como parte das aulas de História do Peru; representações das distintas raças, das classes sociais, da Constituição e do mapa do país. O desenho, a construção de uma imagem, é uma parte importante dentro do processo de aprendizagem. Para a artista, esses desenhos são vestígios que, de alguma maneira, retratam a experiência de viver no Peru atualmente: são formas de ver e de testemunhar a complexidade da história a partir da subjetividade de cada criança. Em uma série recente, Memoria del Perú [Memória do Peru] (2010), Gandolfo retrata as páginas de livros de texto que tiveram a intervenção dos seus proprietários junto àquelas que se encontram em seu estado original. Achados em preto e branco que contrapõem o olhar infantil com a história oficial, sugerindo uma possibilidade de ingerência – de mudança – através da rebeldia e do jogo.
El Perú (de la serie Historia) [O Peru] (1998/2006) é uma coleção de mapas desenhados por crianças como parte de um exercício de aula. Fotografados pela artista, esses desenhos se convertem em uma espécie de tipologia do que, na realidade, são tentativas de visualização de um território e de uma nação. Historia del Perú (de la serie Historia) [História do Peru] (1998/2006), por sua vez, centra o olhar na qualidade efêmera de esquemas explicativos dos quadros-negros de aula sobre questões tão complexas como a conquista ou a Constituição do país, ao mesmo tempo em que são retratos individuais dos estudantes.

http://www.bienalmercosul.art.br/artista/229

Após conversa com os alunos sobre a artista, os alunos se reunirão nos grupos formados na aula anterior.
Com os sinais recolhidos durante o trajeto, folhas A2 e giz de cera; a proposta aos alunos é que distribuam os sinais de forma a formar um mapa do território percorrido, em seguida colocarem a folha A2 por cima e riscarem com o giz de cera na horizontal toda a extensão do mapa, observando que os sinais irão passando para a folha e formarão a silhueta do mapa.
Em seguida criarão a história do território com base nos registros da aula anterior e na pesquisa realizada.
4ª AULA

Apresentar a obra e a artista:

Mayana Redin

Campinas, Brasil, 1984. Vive entre o Rio de Janeiro e Porto Alegre, Brasil.


Os desenhos de Mayana Redin constroem geografias fictícias, encontros impensados. Como composições metafísicas, parecem dirigir-se a outra realidade, exterior ao tempo e à história. Mares, montanhas, ilhas, buracos negros, vales e penhascos são alguns dos elementos que integram seus trabalhos, realizados em nanquim, grafite, aquarela ou, ainda, por meio de vídeos e instalações. Topografias fantasiosas, a exemplo do túnel escavado nas páginas de um livro ou da montanha que aos poucos encobre a paisagem, e cartografias imaginadas, como a que faz do mapa de Portugal um arquipélago ou a que sobrepõe o rio Amazonas ao deserto do Saara, são algumas das criações da artista que dão forma ao improvável. A pergunta “E se fosse possível?” parece estar na origem de suas obras, como na videoinstalação Horizonte alheio (2009), que aproxima o olhar de duas pessoas separadas por um oceano. Em uma tela vê-se o horizonte filmado a partir da praia de Miramar, em Portugal, na direção suposta da praia de Maria Farinha, no Brasil, de onde o mesmo horizonte é captado e revelado na tela em frente.
Na série de desenhos Geografia de encontros (2010/2011), Mayana Redin cria cartografias a partir da sobreposição de lugares e paisagens – ou das linhas que circunscrevem suas formas e definem suas fronteiras. Características geográficas, questões geopolíticas, condições históricas e imagens sugeridas pelas palavras inspiram as aproximações promovidas pela artista – como o encontro de todos os países sem mar.

Desenhar o território, após conversa sobre a artista.
Para este dia será solicitado aos alunos que tragam para a sala materiais como: papéis, papelão, revistas, livros, botões, tampas de garrafa, lacres de refrigerante, tecidos, tintas, isopor, sabão, cordas, arame, lixas, meias e outros materiais.
5ª AULA

Apresentar a obra e o artista:

Emmanuel Nassar

Capanema, Brasil, 1949. Vive em Belém e São Paulo, Brasil.

Um dos trabalhos mais vistos de Emmanuel Nassar é a instalação Bandeiras, ocasião que reuniu 143 bandeiras de municípios do estado brasileiro do Pará, a partir de um anúncio feito no jornal local. Interessa ao artista a identificação dos símbolos nacionais e as hibridizações entre a tradição portuguesa, as inscrições em latim, os ícones medievais ao lado de desenhos de plantas e animais típicos da região, como seringueiras, mangueiras, botos e algumas espécies de peixes. Sua obra sintetiza, de algum modo, a cultura visual do norte do país. A estética das feiras e festas populares e o modo como as construções precárias se tornam permanentes estão presentes em sua produção. A noção de improviso, de solucionar os problemas com o que se tem ao alcance da mão, não se opõe a uma vontade de organização do caos. Em suas pinturas estão em destaque suas iniciais, “E” e “N”. Aos poucos, essas letras se tornam pontos cardeais, indicam direções e demarcam espaços. As letras instauram uma nova relação entre latitude e longitude.
No trabalho apresentado na 8ª Bienal do Mercosul há, simultaneamente, a presença de um raciocínio geométrico e uma ironia em relação à utopia construtiva que projetava um Brasil desenvolvido, moderno e civilizado. A bandeira brasileira é toda composta por remendos aparentes, chapas de metal reutilizadas e reparos por fazer. Muitos dos materiais das obras de Nassar são garimpados nas ruas de Belém. Em sua obra convivem o aspecto rústico dos materiais e a visualidade publicitária e pop da cultura de massa. A linguagem imediata do outdoor e a estrutura aparente que o sustenta revelam o processo de construção do trabalho.

Criar uma bandeira para o território desenhado na aula anterior, inicialmente no papel e em seguida com um tecido de 70cmx50cm e tintas de tecido, pincéis diversos, carimbos de isopor ou estêncil de raios-X.
6ª AULA
Visita a 8ª Bienal do Mercosul – Ensaios de Geopoética
Os alunos visitarão o MARGS pela manhã e a tarde Armazém A4 do Cais do Porto.
7ª AULA
Apresentar a obra e o artista:
Eduardo Abaroa
Cidade do México, México, 1968. Vive na Cidade do México.

Eduardo Abaroa utiliza objetos e materiais do cotidiano para construir esculturas que, através do humor e da estranheza, colocam o espectador diante de elementos que lhe são familiares, mas que abrem um terreno de operações estéticas e associações inesperadas. Esses materiais provêm de lojas e vendedores da Cidade do México, uma metrópole inundada por comerciantes de todos os tipos e por objetos provenientes de todo o mundo. O comércio informal produz um fluxo de objetos disponíveis que mudam com grande velocidade, o que na obra de Abaroa aponta para um interesse pelas possibilidades formais desse fato, assim como para uma inevitável relação com o mercado e com as políticas da globalização. Suas obras variam em tamanho, desde esculturas muito pequenas até grandes instalações e ações em espaços abertos. Nos últimos anos, seu interesse centrou-se na cartografia e nas formas de representar o território, estendendo-se a questões do uso da terra e suas implicações políticas e culturais. Necesitamos un mundo más grande [Necessitamos de um mundo maior] (2008) é um globo terrestre em que infinitos “países” recortados criam uma composição cromática que torna impossível visualizar apenas um território. Já Another world, and another, and another… (2008) é um mundo que pareceria ter se deformado, em uma tentativa de coexistência com outros mundos.
Bisutería, 20,96 km (Isla Bermeja) [Bijuteria, 20,96 km (Ilha Bermeja)] (1991/2011) é um projeto concebido pelo artista em 1991 e realizado pela primeira vez em Porto Alegre. Trata-se de uma escultura que se propõe a materializar o perímetro de um território – nesse caso, da Ilha Bermeja, no Golfo do México, pivô de muita controvérsia por sua existência depender da anexação de zonas de jazidas petrolíferas ao território mexicano.
Após a visita a Bienal e apresentação do artista trocar as impressões e e argumentar com os alunos:
O que é território?
Quais os aspectos que podem envolver um território?
Quais expectativas têm em relação ao território que criarão no recreio?
É possível que os territórios causem estranheza? Acreditam que ocorra conflitos?
Quem invadirá o território de quem? Vocês com as intervenções? Os alunos? Ou ambos? Por quê?
A invasão ocorrerá geograficamente? Ou será também política e cultural?
Realizar a demarcação do território no espaço de recreio e interagir com os colegas das outras turmas registrando os diálogos, fotografando e filmando.
Para este dia será solicitado aos alunos que tragam para a sala materiais como: papelão, revistas, livros, botões, tampas de garrafa, lacres de refrigerante, tecidos, tintas, isopor, sabão, cordas, E.V.A, lixas, meias e outros materiais que julgarem necessários.
8ª AULA
1º período
Organizar na sala de aula os trabalhos realizados com os cinco territórios para expor.
2º período
Exposição convidando as demais turmas da escola para visitarem a exposição.
6. CRONOGRAMA:
1. 06 de outubro (quinta-feira) das 13h50m às 15h30m
2. 11 de outubro (terça-feira) das 13h50m às 15h30m
3. 18 de outubro (terça-feira) das 13h50m às 15h30m
4. 25 de outubro (terça-feira) das 13h50m às 15h30m
5. 01 de novembro (terça-feira) das 13h50m às 15h30m
6. 07 de novembro (segunda-feira) Visita a Bienal do Mercosul
7. 08 de novembro (terça-feira) das 13h50m às 15h30m
8. 22 de novembro (terça-feira) das 13h50m às 15h30m
7. REFERÊNCIAS:
BARBOSA, A. M. A imagem no ensino da arte. 6.ed. São Paulo: Perspectiva, 2007.
_______. Extensão ou Comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977 (12ª. Edição: 2002).
________. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva; Porto Alegre: Fundação IOCHPE, 1991.
8. AVALIAÇÃO:
O conhecimento exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer uma ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante. Implica em invenção e em reinvenção (1977, p. 27).
Paulo Freire
A avaliação ocorrerá durante todo o processo onde será considerado:
· A participação dos alunos em sala de aula durante o desenvolvimento das atividades;
· A interação, socialização e reflexão durante os espaços individuais, expositivos e coletivos do processo.