O termo instalação
foi incorporado às artes visuais na década de 60 para designar um ambiente
construído em espaços de galerias e museus. Existem dificuldades para definir o
termo, desta produção artística que pretende construir com os mais diversos
materiais um ambiente ou cena cujo movimento é constituído pelas relações entre
objetos, construções e o espectador. Para a apreensão da obra é preciso
transitar por ela ou na volta, pois assim explora a relação da obra com o
espaço e consigo mesmo.
A instalação não
possibilita ser rotulada, pois admite muitas possibilidades de suportes e
várias possibilidades de realização, sendo bem aceita na contemporaneidade que
tem como uma de suas particularidades o estudo do espaço e do tempo, podendo
ser volátil e passageira, absorvendo o espaço onde se encontra, ao mesmo tempo
em que descontrói o mesmo espaço que se apropria enquanto é obra.
Ela é uma verdade
espacial como construção em determinado lugar e tempo, ao mesmo tempo em que é
efêmera e passageira, ao apreciar a obra ela se materializa como recordação e
torna-se definitiva apenas na memória. A instalação torna-se um espelho do tempo,
quando questiona o homem deste determinado tempo e sua influencia mútua, só
fazendo sentido se for analisada em seu tempo e espaço.
A instalação
permanece em destaque, porem tornou-se mais multimídia, espetaculosa e propõe
uma maior interatividade com o espectador. Propicia a utilização de várias
linguagens que proporciona que o espectador seja parte integrante da obra e que
sem sua presença a obra não obtém sua culminância, a participação proporciona
ao espectador mexer com seus sentidos e ou provocar sensações.
Site especific ou
sítio especifico, refere-se a obras criadas para determinados espaços de acordo
com o ambiente que pode ser galerias de arte, ambientes naturais ou urbanos e
que estas obras conversem com o espaço ou incorporem-se a eles. Em geral são trabalhos
planejados em que os elementos dialoguem com o que os circunda. A produção
contemporânea é voltada para o espaço em que será inserida, inaugurando assim
uma nova relação chamada land art (arte da terra) que passa a ideia geral de
arte fisicamente acessível que muda a paisagem de modo permanente ou
temporário.
Em artes visuais o
termo performance considera muitos trabalhos como a escultura, a pintura, dança
teatro e música em que o corpo é parte constituinte da obra como suporte de
atuação. Os artistas procuram uma
aproximação entre a arte e a vida. A performance serviu como meio de
contestação e afronta a prol da liberdade de expressão.
Happening tem
características das artes cênicas, mas incorpora elementos de improvisação e
geralmente envolve a participação direta ou indireta do espectador, tem uma
estrutura flexível cadenciada pela espontaneidade.
Biografia
Hélio
Oiticica nasceu no Rio de Janeiro em 26 de julho de 1937 e faleceu em 22 de
março de 1980.
Artista,
performático, pintor e escultor, participa do Grupo Frente entre 1955 e 1956 e
em 1959 passa a integrar o Grupo Neoconcreto. Abandona os trabalhos
bidimensionais e cria relevos espaciais, bólides, capas, estandartes, tendas e
penetráveis.
Em
1964, começa a fazer as chamadas Manifestações Ambientais, onde realiza uma
manifestação coletiva em frente ao museu, na qual os Parangolés são vestidos
pelos amigos sambistas.
Participa
das mostras do Opinião 66 e Nova Objetividade Brasileira apresentando nesta
última a Manifestação Ambiental Tropicália. Em 1968, realiza no Aterro do
Flamengo a manifestação coletiva com seus Parangolés e os Ovos de Lígia Pape.
Em 1969, realiza em
Londres, o que chama de Whitechapel Experience, apresentando o projeto Éden Vive
em Nova York.
Retorna ao Brasil em
1978.
Após seu falecimento
em 1981, é criado o Projeto Hélio Oiticica, destinado a preservar, analisar e
divulgar sua obra.
Imagens
óleo sobre madeira.
Núcleo NC 6,
1960 - 1963
pintura sobre madeira recortada.
pintura sobre madeira recortada.
Penetrável PN1 Penetrável
PN1, Homenagem a Mário Pedrosa, 1960
204 x 150 x 150 cm.
204 x 150 x 150 cm.
Bólide,
exata 1963 - 1964
madeira pintada, brita, vidro e tela de arame
22 x 21 x 50 cm.
madeira pintada, brita, vidro e tela de arame
22 x 21 x 50 cm.
Parangolé P1, Capa 1,
1964
plástico e tecido
150 x 110 x 20 cm.
plástico e tecido
150 x 110 x 20 cm.
Tropicália,
1967
plantas, areia, pedras, araras, aparelho de televisão, tecido e madeira.
plantas, areia, pedras, araras, aparelho de televisão, tecido e madeira.
Ninhos,
1969
Projeto Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, RJ).
Projeto Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, RJ).
Projeto Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, RJ).
Invenção da Cor (maquete
para Penetrável Magic Square 3), 1977.
Cenografia é a arte de
projetar e executar cenários no espaço tridimensional para espetáculo teatral,
cinematográfico ou televisivo, sendo parte importante do espetáculo, enquanto a
instalação é uma produção artística que pretende construir relações com o
ambiente, os objetos e o público.
Em ambos os casos é
possível utilizar os mais diversos materiais e os elementos das artes visuais
como cor, textura, estilo, luz, pintura, fotografia e forma que na cenografia o
objetivo é caracterizar e ambientar a sinopse, delimitar o espaço do palco e
ser um elemento visual do espetáculo, enquanto na instalação os elementos e
materiais absorvem o espaço e se apropriam dele para a construção da obra.
A cenografia é construída
para que um determinado grupo ocupar o espaço e apresentar o espetáculo para o
público, já na instalação o espectador precisa transitar e explorar a obra para
que haja a apreensão.
Assim como as instalações
as cenografias são tridimensionais, não se prendem a espaços físicos fechados,
mas a instalação propícia à interação e intervenção do público.
As relações entre cenografia
e instalação estão intimamente ligadas, pois utilizam os elementos e períodos
das artes visuais em suas composições. A cenografia exige do cenógrafo estes
conhecimentos que junto ao diretor e a sinopse resultam na escolha do estilo e
dos elementos para a composição, enquanto a instalação o artista pode trabalhar
sem a intervenção de outras pessoas.
A cenografia faz parte de
um espetáculo teatral, televisivo ou cinematográfico, é um elemento importante
junto com atores, figurino, iluminação e sonoplastia, já a instalação não
precisa ter todos esses elementos para ser uma obra.
Na cenografia a luz é um
elemento precioso em sua composição provocando a cor e suas nuances, contrastes
e a profundidade que são elementos favorecedores da unidade entre espetáculo e
o cenário, enquanto na instalação a luz pode ser utilizada, mas não é um
elemento imprescindível.
A cenografia precisa
compreender a cerca de um espaço que deve ser ocupado com a criação e uso dos
elementos visuais. No espetáculo a cenografia é um elemento visual, enquanto na
instalação ela é o elemento visual.
Referências Eletrônicas:
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=2020&cd_item=1&cd_idioma=28555